sexta-feira, 25 de dezembro de 2009

Fé para um 2010 utópico.

Que em 2010 quase tudo mude. Pobreza, violência e angústia. Que Palestinos e Israelenses deem as mãos, desenvolvimento sustentável se torne algo sólido, países poluentes rasguem notas e se lembrem da forças da natureza; e que também ela tenha paciência com a gente. Que em 2010 possamos aprender que não é porque você nasce em terras privilegiadas que estará protegido de crises financeiras, ou naturais. Que os Bancos sejam Bancos. Que chova no Nordeste. Que o Pré-sal beneficie brasileiros. Que a aparência de Obama seja tão sincera quanto suas futuras ações para o mundo. Que a ONU apareça. Que Guantánamo desapareça. Que H1N1 seja só um aviso. Que alguém encontre solução para o caos no Rio. Que nasça um Mandela em terras brasileiras para ajudar esse povo que sofre tanto. Que corruptos morram. Que ditadores morram. Vão todos para o inferno, eu não to nem aí. Que em 2010 seja o ano da paz e da solidariedade com o mais necessitados. Que líderes mundiais olhem para a pobreza na América do Sul... Que a canção “Imagine” saia do papel e dos ouvidos. Precisamos que um dia nossa fé seja recompensada... E que Deus tenha piedade da África.

Por: Márcio F. Martinele

domingo, 6 de dezembro de 2009

Vergonha Nacional


Olá seguidores e espiadores do blog "Mochilão Universitário". Queremos pedir desculpas pela falta de atualização em nosso espaço, mas o que aconteceu foi que tivemos um semestre muito exaustivo, vários trabalhos, provas, disciplinas que exigiam muito de nós três. Porém o mochilão voltou, e de agora em diante os posts serão constantemente atualizados, vale a pena conferir!

Serei a primeira a reescrever um texto e sinto muito pelo terrível acontecimento que irei expor aqui.
Todos sabem que não entendo nada de futebol, absolutamente nada, sou uma palmeirense por pura influência paterna, também sei que muitos dizem que uma futura jornalista deve saber pelo menos as posições que um time de futebol possui. Mas, talvez seja por cenas como essa que vi hoje que o meu entusiasmo pelo mundo do futebol não seja tão animador.
Estava em casa num domingo a tarde como qualquer outro, vasculhando a TV, foi quando vi o time do Coritiba invadir os gramados do estádio Couto Pereira, irritadíssimos por terem sido rebaixados eles começaram a agredir árbitro e bandeirinhas, tacaram objetos nos policiais que tentavam cessar o tumulto, além de ferir algumas pessoas. Isso ocorreu porque houve o empate de 1 a 1 com o Fluminense, time carioca que conseguiu se salvar do rebaixamento, deixando a vaga para os paranaenses.
É claro que muitos devem estar pensando que isso é apenas mais uma cena entre tantas outras que acontece, mas fiquei profundamente envergonhada de ser brasileira naquele momento e mais, surpresa por isso ter ocorrido em uma das cidades mais bem desenvolvida do país. Lembro meu avô comentando do futebol de antigamente, onde os meninos jogavam por amor a pátria, por amor ao time e que seus torcedores eram sim fiéis, mas também civilizados.
Sei que este fato repercutirá por vários países e muitos comentarão que foi um erro o Brasil ter sido escolhido para sediar a Copa de 2014, mas também quero ressaltar que um bom brasileiro não desiste nunca e que eu ainda tenho esperança em relação a este país e que talvez um dia, eu possa gostar muito de futebol!
Por: Fabiele Fortaleza

sábado, 26 de setembro de 2009

Diminua seu impacto na natureza: tenha poucos filhos

Quer salvar o planeta? Tenha menos (ou nenhum) filhos. Um estudo estatístico feito por pesquisadores da Universidade de Oregon, nos Estados Unidos, descobriu que deixar de ter uma criança pode significar 20 vezes menos emissões de gases estufa do que seguir práticas "verdes" durante toda a sua vida (tipo reciclar, andar de bike, etc). A pesquisa, convenhamos, é meio óbvia, mas achei legal postar aqui porque é uma coisa que normalmente não consideramos quando pensamos em diminuir nossa emissão de CO2 na atmosfera. Segundo dados publicados nesta matéria da LiveScience, cada criança adiciona cerca de 9,441 toneladas métricas ao legado de dióxido de carbono deixado por seus pais na Terra (5,7 vezes mais do que uma pessoa é responsável por emitir durante a vida). A matéria fica ainda mais legal quando diz de outras práticas sociais que aumentam a emissão. Uma delas é comer demais (produção excessiva de comida aumenta os gases estufa). E a outra, surpresa, se separar: as pessoas que antes dividiam, por exemplo, energia, agora gastam em dobro.
Por Márcio F. Martinele

sábado, 5 de setembro de 2009

Ter ou não ter?



...
Precisa de diploma pra fazer isto?

Postado por: Márcio F. Martinele

sexta-feira, 4 de setembro de 2009

Fora Sarney em Bauru



Postado por: Vanessa Aguiar

quinta-feira, 3 de setembro de 2009

Eu quero a beleza real!

Quem dita o que é bonito e o que não é? Quem resolveu que um pouquinho de gordura é falta de beleza e que a magreza excessiva é que deve ser seguida como exemplo de perfeição física? A revista norte-americana “Glamour” publicou essa semana em suas páginas a foto de uma modelo de 20 anos com 1.80m e 79 kg, o que já nos mostra que ela estaria fora dos “padrões de beleza”. Mas olhando a foto você acha que ela está insatisfeita com seu corpo?! Não deixe que julguem por você.

"Cada um sabe a dor e a delícia de ser o que é!"

Por: Vanessa Aguiar

domingo, 30 de agosto de 2009

Atrás dos Panos

É claro que muitos dizem que não tem nenhum tipo de discriminação, mas isso é apenas um pano que as pessoas colocam na frente de suas idéias e opiniões. Querem mostrar a sociedade que são maduras o suficiente para aceitar o diferente, que estão aptas a aceitar as pessoas como elas são, mas será mesmo?
Eu e meu grupo tínhamos que fazer uma reportagem para rádio, então pensamos em algo polêmico e que pudesse atribuir algo a vida das pessoas. Uma das garotas do grupo comentou sobre a propaganda que está sendo veiculada nos canais de TV, essa publicidade fala sobre a homofobia, tema mais que perfeito para nossa reportagem. Agora era correr atrás da notícia!
Precisávamos de fontes para o desenrolar do assunto, pensamos em entrevistar homossexuais, pessoas ligadas a divulgação da propaganda e algum grupo da cidade de Bauru que militasse nessa área. Pois bem, em pouco tempo conseguimos alguns depoimentos, para ser mais exata apenas dois, mas bastava. Eu conversei com Adriano de Oliveira psicólogo e colaborador do Acesso Popular, um instituto que cuida dos direitos humanos aqui na cidade de Bauru. Minha amiga Flávia conversou por telefone com o coordenador do comercial do qual surgiu nossa idéia.
Na conversa que tive com Adriano que durou pouco mais de 15 minutos, pude perceber a dura luta dos que optam pelo diferente. Nesse caso, os homossexuais. Ainda há muito que fazer para essas pessoas serem respeitadas, tanto aqui no Brasil como no resto do mundo. Como disse no início do texto, muitos se julgam sem nenhum tipo de preconceito, mas quando a realidade bate ao lado, chega bem próximo, aí a coisa muda.
Adriano disse que muitos homossexuais quando agredidos verbalmente ou fisicamente não denunciam por não ser levados á sério, muitas delegacias os tratam com descaso e não dão o devido respeito ao caso ocorrido. Com isso o desrespeito cresce absurdamente a cada dia e a falta de compreensão pela opção sexual de cada um continua sendo um problema sem muitas soluções.
Sei que ainda pode ser difícil para alguns aceitarem, principalmente se for da família ou pessoas próximas, mas não é isso que vai mudar o caráter da pessoa, deixá-la menos digna ou mais marginalizada. O respeito tem que ser dado a todos indiferente da crença, idade, cor ou opção sexual.
Lembre-se que não há o certo ou o errado, o que importa é a forma como seremos mais felizes, não se importando com o que há atrás daqueles panos!


OBS: Qualquer preconceito ou atitude grosseira o mais indicado é procurar a delegacia da mulher, pois eles estão mais aptos para cuidar da homofobia.

OBS 2: Em setembro a cidade de Bauru realizará a segunda Parada Gay, espero que todos a respeitem e mesmo que não curtam o evento não acabem com ele, pois para muitos isso é mais do que importante.

Postado por: Fabiele Fortaleza

sexta-feira, 28 de agosto de 2009

Uma imagem vale...


Respeito

Postado por Márcio F. Martinele

sábado, 22 de agosto de 2009

Eu quero saber...

Nossa! Esses dias eu estava ouvindo aquele tema famoso do Batman em meu mp3 enquanto ia almoçar do trabalho e pensei: Como será que é o paraíso? Será que temos que nos alimentar lá? É tudo de graça? A gente dorme? Cada um tem sua casa lá? Pode ficar acordado até mais tarde? Vai ter mulher? Cerveja? Vai poder chegar nelas? dar umazinha? Será que estaremos de roupa? Que roupas serão? Com aquela que estivermos vestidos quando morrermos? Com que idade estaremos? Com aquela que morrer? Coitado de quem morrer com 80 anos. Falando em velhos, vou ver meu vô Fábio? E o Missim? Meu gato de estimação na infância que deve ter virado miojo. E internet? É banda larga? E cerveja? Vamos ter que arrumar um emprego também? Estudar? E cerva? Onde será que vou encontrar revistas, cds, livros e todos essas coisas? Vamos envelhecer lá? Qual será a expectativa de vida? E a segurança? Será que não vai precisar porque só vai ter gente boa? Mas e os cachorros bravos, insetos venenosos, mulheres... E ver filmes? Cerveja? Cinema? Sair com a rapaziada? O QUE? NÃO?! AAAHHHHH !!! Não quero.

Postado por Márcio F. Martinele

terça-feira, 11 de agosto de 2009

Calibre!

Mas o Brasil vai melhorar, vi isso na minha bola de cristal. Só por curiosidade, por quais caminhos você vai e volta? Aonde você nunca vai? A violência está ao seu lado. Olhe! Ela é o uso excessivo da força, muito além do necessário ou do esperado. Só para saber, em que esquinas você nunca para?
Nos últimos vinte anos o número de brasileiros assassinados aumentou 237%. A cada 13 minutos um brasileiro é morto. A cada 7 horas uma pessoa é vítima em acidente com armas de fogo. Essas mesmas armas provocam um custo de 200 milhões de reais ao SUS. A cada 25 mortes, 24 são homens. Droga! 88% dos casos registrados envolvem arma de fogo. Então, a que horas você nunca sai? O crime rouba 10% do PIB nacional, isso dá mais de 100 bilhões por ano. Há quanto tempo você sente medo? Se você estuda em uma escola do estado olhe ao lado direito de sua carteira. A probabilidade de o seu colega Pedro ser preso é de 15%. Se ele utiliza ou já utilizou algum tipo de entorpecente os números sobem para 35%. Se sua classe social for classificada como pobre já são 57%. Se ele for analfabeto são 62%. Agora, se ele for tudo isso e também for negro... A propósito, quantos amigos você já perdeu?

Tem grana pra se cuidar? Bom. Mas abomino cães de guarda, blindagem de carros ou cercas eletrificadas. Criminalidade não é um problema individual. Entricherado, vivendo em segredo, não dá. Quero uma cura e não um anestésico. Polícia? Cuidado com ela. Imprestáveis. O ônibus 174 no RJ em 2000 do demonstrou o despreparo. Quem não ajuda muito atrapalha. Tem tanto pra falar. E ainda dizem que não é problema seu.

E a vida já não é mais vida. Muitas teorias explicam o crime. Mas nenhuma explica a raiz, ou seja, como nasce. Do ponto de vista biológico tivemos a já descartada frenologia. Há também aqueles que dizem que o crime é transmitido geneticamente comparando famílias de condenados. Segundo este está nos genes à explicação para o fato de que entre a população carcerária é comum encontrar pessoas com parentes envolvidos ao crime. E tem aquela que culpa até a má nutrição pelo comportamento criminoso. Mas Freud explica! Segundo ele o comportamento anti-social e a delinqüência são um desequilíbrio entre o ego, superego e id. Se o superego (faz a censura dos impulsos) é muito fraco, o indivíduo não consegue reprimir seu id (instintos e desejos naturais). Legal! Né? No caos ninguém é cidadão. Mais legal ainda foi a que surgiu com a popularização dos testes de QI. Em resumo a teoria diz: “Jovens menos inteligentes se envolvem mais facilmente porque tem pior desempenho escolar, menos capacidade de entender e de avaliar as conseqüências de seus atos além de ser mais influenciáveis por outros jovens delinqüentes”. Ótimo! Infelizmente não posso negar que é fato. Nossas promessas foram esquecidas.

Eu, um ninguém comparado a Freud, Hobbes ou Pinker, creio no consenso da maioria dos simples sociólogos: “O crime é a resposta do indivíduo ao meio em que vive”. Se você não está muito preocupado com os números e nem com essas teorias idiotas não irei me espantar. Hoje em dia nada mais me deixa em choque. Faz sentido, afinal temos a nossa casa, família, comida, estudo e achamos o máximo à cena em que o capitão Nascimento manda colocar tudo na conta corrente do Bento XVI. Lá, não há estado não há nação! E para os que apóiam a violência pela violência, perdidos em número de guerra, que dizem que devem “meter bala”, rezando por dias de paz, preocupado com a próxima balada, próximo fim de semana com os amigos (as), próximo porre, próxima transa, paciência e cuidado. Se não entendeu quero te dizer que:
“Se os meios para viver bem estão aí, então... vivamos bem”.
Hoje em dia uma vida se encerra com uma nota curta nos jornais. É dinâmico porque ninguém está livre. É assustador ja que até um papa já levou um tiro. Subestimamos o valor de uma vida até a hora que... Mas é aquela frase que ecoa em minha cabeça: Podemos fingir que não existe, mas está lá. Podemos fingir que não existe, mas está lá. Se for cristão, comece a orar. Se for ateu não saia de casa. Hoje, vivo sem saber até quando ainda estou vivo. Sem saber o calibre do perigo. Nem eu e nem você sabemos da onde vem o tiro. Mas o Brasil vai melhorar...
Postado por Márcio F. Martinele

quinta-feira, 30 de julho de 2009

Conquista Infeliz

O Brasil é o primeiro no ranking da FIFA. Não, não escrevi nenhum absurdo, o Brasil é o primeiro país no ranking com maior número de mortes em estádios de futebol e seus arredores. Nos últimos dez anos morreram 42 pessoas que estavam nesses locais, ou próximo a eles, mas a relação com o jogo que ocorria era inegável. A pesquisa foi realizada pelo sociólogo e professor da UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro) Mauricio Murad. Anteriormente o Brasil estava na terceira colocação, atrás da Itália e Argentina.
A pesquisa aponta que a maioria das mortes foi entre jovens de 14 a 25 anos, de classe baixa e média baixa, com apenas o ensino fundamental e desempregados. Mas um outro dado preocupante é que a maioria desses jovens não tinha um histórico de violência, ou seja, não se envolviam em brigas, segundo a pesquisa eram “inocentes”. De qualquer forma devemos levar em consideração que em brigas dentro e fora dos estádios, a polícia acaba prendendo um ou dois, portanto não sejamos nós os inocentes em pensar que pelo menos alguns desses torcedores não tinham relações com brigas encomendadas.
O que é mais impressionante é que essa pesquisa não foi muito divulgada pelos meios de comunicação, a ponto de chamar a atenção das autoridades, afinal a copa de 2014 está por vir, quatro anos passam muito rápido quando temos um problema de segurança pública para cuidar, e essa é a maior preocupação da FIFA, a segurança dos turistas e apreciadores do maior evento de futebol da terra.
Segundo a pesquisa os jogos em que ocorreram as mortes já haviam brigas encomendadas na internet, como no orkut, twitter e blogs, por exemplo. O que mostra que seria mais fácil para a polícia saber antecipadamente desses “acontecimentos”, evitá-los e punir os responsáveis. Mas não, esperam as duas torcidas adversárias se encontrarem para fazer uma escolta para os ônibus, ou usar seu spray de pimenta, balas de borracha e bombas de efeito moral. E depois perguntam porque famílias freqüentam pouco os estádios.
O grande problema é a falta de punição. Enquanto as conseqüências não existirem para esse tipo de violência, continuaremos liderando um ranking que ninguém gostaria.
Por Vanessa Aguiar

domingo, 19 de julho de 2009

O frágil e poderoso Michael Jackson

Brilhante texto que recebi por e-mail do professor José Rafael Mazzoni. Impressionante a visão deste autor que demonstra a realidade sem deixar de lado o glamour de um ídolo. Realmente, como diria uma banda, o pop não poupa ninguém.

O frágil e poderoso Michael Jackson

Falar de mídia sem falar deles seria omissão. Falar deles na mídia, sem falar de limites seria ingenuidade. Brancos ou negros, são nomes que marcaram época, alguns desde a infância. Judy Garland, Frank Sinatra, Marilyn Monroe, Elvis Presley, Os Beatles, Madonna e Michael Jackson ganharam fortunas com a beleza, a voz, com a cintura e com os pés. Deixaram o seu recado. E pagaram um alto preço pelo caminho que trilharam. Mas os críticos são unânimes em dizer que Michael Jackson na era digital de altíssima tecnologia, foi o mais expressivo e o mais revolucionário de todos. Tornou a música visual, mais do que Elvis que a tornou corporal. Todos foram rebeldes, todos deixaram suas marcas, e alguns deles tiveram vidas e mortes trágicas. Não seria exagero dizer que a fama os matou. É preciso ter força interior e um projeto de vida maior do que a fama e a mídia para derrotá-las. Mídia e fama são como tsunamis. Avolumam-se e engolem quem não sabe dos limites ou das margens. Não tem para onde fugir.
Michael Jackson foi mais uma das vítimas da falta de limites e margens da mídia. No palco, ele foi poderoso. Buscava o melhor e o bem feito. Profissionalíssimo, era um perfeccionista. Não havia erros. Nas finanças e na mídia, imbatível até que o dia em que começaram a lhe cobrar o preço de sua não conformidade com seja lá o crime de que o acusam. A justiça diz não ter achado provas. Forte na arte, na vida era de uma fragilidade que dava dó. Quando morreu, a 25 de junho, com o médico ao lado, supostamente de overdose de remédio, tinha dominado, como nenhum outro astro jamais o fizera, as técnicas da mídia. Daqui a vinte anos ele ainda soará inovador e criativo. Ninguém melhor do que ele conjugou o sonoro com o visual. O menino punido pelo pai, pressionado até à exaustão para ser perfeito tornou-se um dos maiores artistas de toda a história humana. Teve os instrumentos e fez uso deles. Chegou a quase 2 bilhões de pessoas.

Cantor e dançarino de vastos recursos, ele mudou a mensagem do corpo e recriou a dança popular. Mereceu o título de artista pop. Mercadejou e mercantilizou bem. Fez o mundo dançar. Encarnou a festa do corpo e do som. E ele sabia disso! Dominava os passos, o som e os ritmos, mas parecia não ter domínio sobre sua corporeidade: não se aceitava, embora usasse o corpo de maneira esplendida. Mexeu com ele e com o corpo de bilhões de pessoas, mas acabou, também, mexendo demais no próprio corpo. Tanto interferiu que o deformou. Na época do botox e do silicone, sirva de exemplo o que se deu com ele. Mas é conselho que o desespero pela estética mais do que a busca da ética não será seguido. Não importam as conseqüências. Quem persegue o corpo perfeito acabará injetando substâncias químicas nele. O preço? Pagam o que for preciso para por alguns anos desfilarem como reis e rainhas da era da estética… Michael Jackson disse que tinha motivos. Respeitemos sua angústia, mas lembremos aos que acham ter motivos que, mais cedo ou mais tarde, o corpo reage.
Dele se pode afirmar que, se soube atuar com o corpo, não soube situar-se com ele. Festejou a vida, mas não soube vivê-la. Quis dela mais do que a vida pode dar. Era figura altamente controvertida. Processado, tido como vítima inocente, às vezes visto como monstro, julgado à revelia pela mídia que antes o exaltara, inocentado, explorado, perdeu parte da sua enorme fortuna para resolver seus gigantescos problemas.

Foi anjo? Foi demônio? Nem um nem outro, Foi um frágil ser humano que não resistiu ao peso da indústria do espetáculo e da fama. Fez enorme bem, e nisso parecia São Francisco. Acusaram-no de haver feito irreparável mal. E nisso o viam com um jovem Rasputin. Mas foi inocentado. A justiça não tinha provas. Morreu dizendo-se inocente. Uma parte da mídia o odiava, a outra o amava. Assim, o povo.

Vendeu mais de 700 milhões de álbuns. Nunca ninguém alcançou isso na história do espetáculo. Se os Beatles se proclamaram mais famosos que Jesus, ele foi mais famoso do que os Beatles. Daqui a 2 mil anos veremos o quanto resistirá esta fama. De qualquer forma, Michel Jackson ensinou três gerações mais a dançar do que a pensar. Passou pelos avós, por filhos e por netos. Será lembrado nas enciclopédias como alguém que mudou a historia do corpo, do canto, da dança, do som, do vídeo e do espetáculo. Veio para mexer e mexeu com gerações. Mas pagou altíssimo preço pela opção que fez. Perdeu a liberdade. Nunca pode ser ele mesmo. Não podia sair de casa a não ser com guarda-costas. Não sabia não ser e também não sabia ser ídolo. Queria ser simples, mas não lho permitiam. O show tinha que prosseguir.

Quando criança, o pai lhe proibia quase tudo e ele era obrigado a ensaiar exaustivamente. Quando adolescente, a fama o mantinha isolado. Isolado, morreu depois de ter criado e vendido um parque onde ao menos podia viver suas fantasias. Nos últimos anos, poucos viram o seu rosto. Poucos conhecem o rosto de seus filhos e o de sua segunda mulher. Talvez seja melhor assim.

Michael Jackson é mais uma das grandes vitimas dos barbitúricos, da solidão, da fama e da bilionária indústria do espetáculo. A fama é um trem e quem quiser carona no vagão especial, que pague o preço! E quando mais perto da locomotiva estiver o vagão, mais caro o preço. Mas o desejo de ser aplaudido é tanto que poucos se dão conta da fatura que terão que pagar. Serve para crentes e para não crentes. Lembremo-nos de Marilyn Monroe, de Elvis Presley e Michael Jackson, mas lembremo-nos também de Jim Jones e da Freirinha do Dominique-nique-nique… Elvis era evangélico, Michael tornou-se muçulmano, Jim Jones fundou uma Igreja messiânico-pentecostal e se matou depois de envenenar 800 do seus fiéis. A Irmã Sorriso deixou o claustro para morrer suicida ao lado de sua companheira. Em algum lugar do caminho a religião parece não ter ajudado nem a um nem a outro.

Celebridade nem sempre rima com felicidade! Vem tudo com juros extorsivos. Ele tornou-se um ícone e ícones acabam guardados a sete chaves. As chaves que o isolaram do mundo foram muito mais do que sete; e tão cheias de segredos impenetráveis eram que acabaram por jogá-lo numa redoma. Cantou muito, dançou muito e quase nada falou. Morreu sem ter se explicado a si mesmo e ao mundo.
Deus o entende. Que o maior artista dos últimos tempos e, talvez, de todos os tempos pela repercussão que alcançou, descanse em paz, depois de ter sido ouvido e visto por dois em cada 6 seres humanos do planeta. Ele e Elvis Presley e Marilyn Monroe, têm muito a conversar lá, onde agora estão. Morreram de overdose. Não estavam felizes. Tinham tudo, mas não tinham a si mesmos. Jesus alertou para isso. De que adianta alguém ganhar o mundo inteiro se perde a sua identidade? (Mt 16, 26)
Neste mundo eles interpretaram o povo, a mídia e as aspirações e loucuras do seu tempo, mas, depois que caíram nas mãos da implacável indústria do espetáculo, papel assinado, não tiveram mais como ser eles mesmos. Havia uma voz, uma canção, um charme e um corpo a ser vendido… Há um tipo de mídia que mata, a curto e em longo prazo. Se o cantor não sabe quando parar a mídia também não sabe: suga-o até à ultima gota. Michael Jackson virou, desde criança, produto de consumo! Se ele quis isso, nunca saberemos. Só sabemos que foi levado a isso e não soube dizer não. Feliz de quem o consegue. A palavra é “limite”.
PE. Zezinho SCJ
Postado por: Márcio F. Martinele

terça-feira, 7 de julho de 2009

Arriscar: Errar ou Acertar??


Por que estamos sempre com medo de errar, de não dar certo, de decepcionar alguém, de não ser como os outros, de poder ser nós mesmos, de encontrar?
Já pensou alguma vez em tomar o caminho contrário, aquele que você realmente quer saber aonde vai levá-lo, aonde vai dar, já pensou em arriscar ao menos uma vez, de tentar o que os outros dizem que não vai dar certo, de parar o que já começou?
Percebo que somos medrosos, que não arriscamos por medo de sofrer e ferrar com tudo, mas até quando vamos viver cheios de incertezas e dúvidas? Não seria melhor tentar, tirar a prova dos nove, e daí se der errado, pelo menos fizemos algo que realmente queríamos que possivelmente saciaria nosso ego e nos encorajaria para muitas outras derrotas ou conquistas.
Que tal tentar morar em uma outra cidade, aprender a dançar, trancar o curso chato e fazer aquele de música que seu pai fala que não vai te levar a lugar algum (um grande e respeitável homem de negócios), ou até mesmo ligar para aquela pessoa que você não bota fé, que tem medo de levar um não, e também ousar sair com aquelas roupas bregas, beijar alguém do mesmo sexo, sair sem rumo, escrever bobagens, ouvir músicas que ninguém conhece, ou seja, tentar ser você, não importa de que jeito.
Vamos viver de verdade, vamos tentar levar a vida a sério, mas, da nossa forma, entender o que é necessário para nós e não para a sociedade que nos observa incansavelmente, vamos fazer o contrário, vamos ser o que estamos tentando evitar.



Postado por: Fabiele Fortaleza

sexta-feira, 26 de junho de 2009

Brincadeira de mau gosto


“Grand Expo Bauru 2009 acontece em agosto e terá volta do rodeio” 19/06/2009

A notícia saiu no site da 94fm de Bauru.
Como descrito no perfil ao lado, possuo certa afeição por animais, e uma certa indignação quando os mesmo sofrem maus-tratos.
Muitas pessoas não sabem como funciona realmente um rodeio. Como o equino ou bovino pula?! Não é porque é treinado – assim como elefantes e leões em um circo que são chicoteados até aprender que devem saltar quando o domador mandar. Ainda pretendo escrever sobre isso -. Portanto vou tentar explicar: Os responsáveis pela prática, usam um artigo chamado "sédem", que é um cinto de couro. Ele é amarrado na parte traseira do animal, no lombo, um pouco pra frente das patas traseiras, acho que todos sabem onde é. Pois bem, esse cinto pressiona o animal para que ele pule. Ali se concentra parte dos intestinos, músculos, ossos e também onde fica a região do prepúcio, onde se alojam os testículos do boi ou cavalo. Portanto o animal pula DE DOR.
Pessoas que aprovam o ato de forçar as corcoveadas do animal alegam que eles só pulam durante 8 segundo por noite, sim, na arena, mas ele fica preso pelo sédem momentos antes da “apresentação” e momentos depois também. E devemos considerar que os peões treinam, alguns de 6 a 8 horas por dia, e acreditem amigos, o treino não é em um touro mecânico.
A festa é bonita, e tem sim um lado cultural, assim como o festival de Parintins, assim como pisar na brasa, capoeira, carnaval na Sapucaí, e até oktoberfest. Mas ainda assim não me deixa menos comovida a “brincadeira”, ou o “esporte”, como preferirem, em que se machuca um animal.
Mas alguém pode me perguntar, e a tradição?! Tradição norte-americana não é nossa. O sertanejo não é cowboy. Mas não vou colocar isso em questão, porque já entra personalidade, estilo, vontades, isso é individual e eu respeito.
O que eu quero mostrar, pra quem ainda não sabe, é que a prática do rodeio é cruel. Ela machuca menos que as horríveis touradas espanholas, tudo bem, mas não devemos medir dor, devemos extingui-la.



Me tira a calma
Me fere a alma
Me corta o coração
Se é luxo ou é lixo
Quem sabe é o bicho
Que sofre o esporão


Chico César – Eu odeio rodeio

Por Vanessa Aguiar

quarta-feira, 17 de junho de 2009

Depois de dias sem uma postagem - espero que entendam, final de semestre - hoje teremos uma paticipação muito especial (desculpem o clichê!). Marcelo Giatti, o Loei, escreveu um texto bem bacana. E como esse é um blog muito democrático aceitamos sua contribuição, então leiam, comentem, opinem, critiquem, apreciem... todas as idéias são muito bem-vindas!!




Yoga Caipira

Sobrou algum caipira em Bauru? Ou fomos todos consumidos e levados a viver essa vida mais paulistana de correria louca?
O termo caipira (do tupi Ka'apir ou Kaa-pira, que significa "cortador de mato", é o nome que os índios guaianás do interior do estado de São Paulo deram aos colonizadores, cablocos, brancos, mulatos e negros).
Em nossos carros velozes, mentes mais rápidas, copos de cerveja mais vazios (ou mais cheios?), deixamos pra tras o cheiro do mato. E é o que nos diferencia de outros jovens. Essa educação, esse jeito e respeito pelo outro.
Esse cumprimento descabido. Esse jeito de falar cheio de vida e de verdade. Essa proximidade com o ser.
Proponho aqui, uma desacelerada repentina nessa vida de correria mental. Um Yoga caipira. Uma ida, mesmo que mental, ao sítio ou chácara de seus avós. Uma ida a uma cidadezinha do interior. Uma venda, um enroladinho de salsicha tomando guaraná (no sítio da minha vó era assim). Uma cavalgada. Uma caminhada descalça pela terra, pela grama. Pés molhados num riacho, cabelos molhados numa cachoeirinha. Atravessar um rio de correnteza branda, chegar do outro lado e sujar o shorts na beirada de terra úmida.
Galopar cavalos e tomar um café com leite da vaca logo cedo. Sentir vontade de gritar "Eu sou caipira de verdade! E não quero ser cowboy!". Por isso meu amigo, só por hoje, ande mais devagar, viva mais devagar, desligue seu computador, tire seus tênis, vá descalço até o sítio mais próximo, colha uma salada original da terra, frite uma mandioca bem gostosa e ouça um CD bem velho de viola... Faça Yoga caipira meu amigo e seja o que você quiser, só não seja algo que você não é.

Por Marcelo Giatti

sábado, 30 de maio de 2009

Aos jovens do Brasil

Não quero lhe falar meu grande amor das coisas que aprendi nos discos
Quero lhe contar como eu vivi e tudo que aconteceu comigo
Viver é melhor que sonhar, eu sei que o amor é uma coisa boa.
Mas também sei que qualquer canto é menor do que a vida de qualquer pessoa
Por isso cuidado meu bem, há perigo na esquina.
Eles venceram, e o sinal está fechado pra nós que somos jovens.
Para abraçar seu irmão e beijar sua menina na rua
É que se fez o seu braço, o seu lábio e a sua voz.
Você me pergunta pela minha paixão
Digo que estou encantada com uma nova invenção
Eu vou ficar nessa cidade não vou voltar pro sertão
Pois vejo vir vindo no vento o cheiro da nova estação
Eu sei de tudo na ferida viva do meu coração
Já faz tempo eu vi você na rua
Cabelo ao vento gente jovem reunida
Na parede da memória essa lembrança é o quadro que dói mais
Minha dor é perceber que apesar de termos feito tudo o que fizemos
Ainda somos os mesmos e vivemos como os nossos pais
Nossos ídolos ainda são os mesmos
E as aparências não enganam não
Você diz que depois deles não apareceu mais ninguém
Você pode até dizer que eu tô por fora
Ou então que eu tô inventando
Mas é você que ama o passado e que não vê
É você que ama o passado e que não vê
Que o novo sempre vem
Hoje eu sei que quem me deu a idéia de uma nova consciência e juventude
Ta em casa guardado por Deus contando vil metal
Minha dor é perceber que apesar de termos feito tudo o que fizemos
Ainda somos os mesmos e vivemos
Ainda somos os mesmos e vivemos como os nossos pais



Eu optei em não colocar o nome da canção e nem quem a interpreta – apesar de imaginar que muita gente já deve ter percebido qual é a música – porque o que eu queria na verdade é que vocês lessem e não cantassem.
Essa é a música “Como os nossos pais”, Elis Regina, composta por Belchior.
É incrível, mas ela tem 40 anos e não poderia ser mais atual. Ou será que é porque nada mudou da década de 60, 70 até agora?
Há 40 anos – durante o período militar - essa música tinha a intenção de fazer os jovens lutarem pela volta da democracia, pela sua liberdade, mas principalmente, essa canção em particular, de criar uma característica para a juventude da época.
Por quantas e quantas gerações iremos passar, para que façamos a diferença?! Como diz a canção, não valorizamos a nossa cultura atual, nossos princípios, nossas vontades. Obviamente que devemos respeitar as outras, mas isso não parece nostalgia? Só o antigo era bom, só o de antes funcionava... Daqui há 20 ou 30 anos vamos dizer que o de HOJE era melhor. Então porque não valorizarmos agora. Porque não tentamos uma mudança.
A cultura não mudou muito (me refiro àquela política do “pão e circo”) As idéias não mudaram, os interesses um pouco. Mas o que nós, os jovens, os responsáveis por essas futuras mudanças estamos fazendo?!
Só para abrir um parêntese aqui, há um ano e meio atrás, eu estava conversando com um amigo e disse que havia desistido da política brasileira de tentar uma mudança, de auxiliar – e não politizar a força – alguém que não tivesse tanto interesse em acompanhá-la, por que eu estava desiludida, a gente tentava, tentava e as mesmas baixarias continuavam acontecendo.
Ele me disse nas seguintes palavras: “Vanessa, você não pode desistir, se nós desistirmos, quem vai tentar?!” Bom 1º que me senti uma egoísta, depois me senti responsável em acompanhar em discutir, em refletir, em aceitar opiniões divergentes.
Se nós não fizermos que vai fazer?.
Essa semana saiu uma pesquisa em todos os meios de comunicação quanto aos impostos. Nós trabalhamos esses cinco primeiros meses do ano para pagar os tributos do governo. Alguém se interessa em saber onde ele está sendo investido? Comece pelos representantes da sua cidade. Se informe dos seus projetos, iniciativas, regulamentações de leis, etc.
Se nós deixamos de lado, continuaremos vivendo como todas as gerações anteriores, com corrupções com uso indevido do dinheiro público, com os mesmo charlatões cuidando do nosso país, assim como nossos pais viveram e ainda vivem.




Por Vanessa Aguiar

quarta-feira, 20 de maio de 2009

Sangue d'alma

Eu não tinha idéia do que postar. Até a hora em que eu resolvi ligar a TV e colocar em mais um canal maluco que tem em casa. A reportagem passou duas vezes, em horários diferentes, por isso peguei alguns nomes. Stendhal, Ovídio, Alexandre Herculano, Publílio Siro, Camilo Castelo Branco, Machado de Assis, Santo Ambrósio entre outros. Poetas, filósofos, políticos e outros que nunca ouvi falar. Todos eles marcaram seus nomes na história com obras, frases e feitos. Na maioria das vezes com temas relacionados à tristeza, amor, sofrimento e dor. Aí eu já pensei, tô fora bixo! Mas acabei não mudando. Achei interessante a mudança de cara que a matéria teve. De Machado de Assis passaram para Racionais. Segue abaixo em homenagem ao Pontes.
Jesus Chorou - Racionais

O que é o que é? Clara e salgada,
Cabe em um olho
E pesa uma tonelada

Tem sabor de mar,pode ser discreta,
Inquilina da dor,
Morada predileta

Na calada ela vem,
Refém da vingança,
Irmã do desespero,
Rival da esperança

Pode ser causada
Por vermes e mundanas
E o espinho da flor
Cruel que você ama, amante do drama,
Vem pra minha cama,
Por querer,
Sem me perguntarme fez sofrer

E eu que me julguei forte
E eu que me senti
Serei um fraco,
Quando outras delas vir

Se o barato é louco e o processo é lento
No momento...
Deixa eu caminhar contra o vento.
Do que adianta eu ser durão e o coração ser vulnerável
O vento não, ele é suave, mas é frio e implacável

Borrou a letra triste do poeta
Correu no rosto pardo do profeta
Verme sai da reta
A lágrima de um homem vai cair

Esse é o seu B.O pra eternidade
Dizem que homem não chora
Tá bom, falou!
Não cai nessa não irmão, aí Jesus Chorô
Por Márcio F. Martinele

sábado, 9 de maio de 2009

"Conhecer-te a ti mesmo" (Sócrates)

Aqui estou de volta e para tratar de um assunto que se encaixa perfeitamente na devida data, 9 de maio, Dia Mundial do Debate sobre o Orgasmo, e como minha pessoa exala palavras ligadas ao sexo, vamos dar início a um tema super polêmico, mas ainda um tabu: O ORGASMO FEMININO.
Tudo é muito normal na vida de um garoto de mais ou menos 13 anos que começa a ter contato com seu amiguinho da classe baixa, o proletariado, o super ou ainda o mini futuro comerdozinho de boas e comportadas menininhas. Ninguém estranha ou repreende um menino que começa a se masturbar. É claro que não é um assunto para ser discutido com o vendedor de automóveis ou com o comentarista de futebol (só para não falarem que não falei de esportes), mas querendo ou não há incentivos. Muitos pais, tios, ou primos, presenteiam seus homenzinhos com revistas pornográficas, nada mais que um meio para dar início aos calinhos nas mãos. Não acho errado, pelo contrário, todos possuem direito de se conhecer, de sentir emoções que diz respeito ao "eu", de saber qual é a melhor forma entre tantas, mas o que não entendo é por que ainda hoje, em pleno século XXI as mulheres restringem ao falar sobre tal e porque o assunto é tratado diferente?
Como mulher, sei bem o que estou dizendo. Converso com várias garotas que nunca se masturbaram, que acha isso feio, imoral, sem nexo e menos importante, mas por quê? Porque a sociedade ainda é preconceituosa, não trata o assunto com normalidade, para alguns é um escândalo quando uma garota assume "brincar com seu vasinho de flores". Lógico que ninguém vai sair distribuindo G's Magazine no ensino fundamental, até porque as meninas são diferentes dos meninos. Muitas vezes uma imagem não causa nenhuma excitação e talvez uma música ou a simples lembrança de um beijo a deixe louca.
Como prova viva da surpresa de alguns, vou contar um fato que ocorreu comigo uma vez. (Não, ninguém me pegou me masturbando)
Estava eu um dia com uma amiga em um "pronto socorro da cerveja" comprando Jurupinga. Abri minha carteira para pegar o dinheiro e quando fui guardar a notinha caiu uma camisinha. Havia vários garotos no local, inclusive eram universitários, e começaram a rir e falar: - Humm, camisinha, olha só, olha!!
Pronto aí está o errado gente, eles são universitários e ficaram espantados em ver uma garota de 20 anos carregar uma camisinha na bolsa. Porque esse espanto?
Porque em relação ao sexo a mulher ainda é muito submissa, não se masturba, não sabe quais são seus pontos mais prazerosos, se sujeita a uma relação sexual só para agradar o parceiro, muitas vezes tem vergonha de sugerir o preservativo e quase nunca sugere posições sexuais que mais lhe agradam e favorece.
O ponto no qual quero chegar é a masturbação, porque a partir do momento em que você se conhece, os benefícios serão muito mais seus. Estar de bem com você e saber exatamente qual é o seu pontinho que lhe deixa mais excitada é maravilhosamente maravilhosos, pois a relação ficará muito mais prazerosa para ambos e assim conseguiremos igualar o sexo, não tornando só benéfico aos homens.
Espero ter conseguido transmitir o que de fato queria. Passar a todas as mulheres e homens também (pois se vocês deixarem de se espantar e passarem a fazer mais comentários positivos, isso pode mudar) o bem que o auto conhecimento através do orgasmo proporciona. Não tenham vergonha ou medo de serem ridículas em comentar com as amigas e buscar pesquisar sobre o assunto, pelo contrário, isso poderá ser o inicio de auto conhecimento "masturbativo" (palavra inventada agora)
Sem omissão e sim a masturbação!

Por: Fabiele Fortaleza

terça-feira, 5 de maio de 2009

Torcer... Pra quê?!

Embarquei na idéia do texto anterior, "Futebol".
Por quê? Por que nos apegamos a algo como um time de futebol?!.
Ele não é físico, a não ser pelo estádio. Ele não tem um dono, no máximo um presidente. Ele não sabe da sua existência. Não sabe que você comemora, defende, chora, enraivece, briga, grita. Pra quem? Por quem? Pelo quê?!
Que cultura é essa, onde se permite xingar a mãe, mas não o time pelo qual torcemos?
Todo mundo torce pra um, mesmo que não goste de futebol. Até mesmo os mais ousados que dizem não gostar e não acompanhar tem um time na sua ficha técnica, é uma informação quase tão importante quanto sua filiação e data de nascimento.
Porque um dia alguém irá chegar até você e perguntar:
- Qual seu time?
- Time? Não tenho time, eu não jogo nada, não pratico nada!
- Ã? Não, seu time!!!
- Ahh... Guarani.
(Sem reclamações, não sou bugre, apenas exemplifiquei com um clube pelo qual não conheça alguém que tenha antipatia).
Essa é a graça do futebol. Nem todos amam, acompanham, ou admiram. Mas, todos torcem. Seja por escolha própria, seja por legado de família, para agradar o pai, o namorado, o avô ou padrinho. Qualquer brasileiro que se preze tem um time para torcer, mesmo que não torça, apenas escolhe um para provocar seu rival, depois de uma final de campeonato.
Continue torcendo, porque uma coisa é certa, sofrer por eles, nos preenche o coração!

Por: Vanessa Aguiar

domingo, 3 de maio de 2009

Futebol!

Meu pai disse que ia assistir o jogo, mas desistiu quando ficou sabendo que o Pelé não ia entrar jogando. O Santos perdeu. Eu disse à ele que tudo bem, depois de parar uma guerra agora também podemos dizer que ajudamos a reduzir o índice de criminalidade por uma semana no estado de São paulo. Se o governador não faz, nós fazemos! Acho que saímos no lucro. Estávamos lá em baixo e com um time mediano, mas esforçado conseguimos chegar à final. Corinthians tem um time forte, Ronaldo, Elias e o Mano Menezes conhece de bola além de ser craque em levantar times desestruturados, sem dinheiro e sem organização. Parabéns! Mais um Paulistão! Agora só falta um estádio, uma libertadores, um mundial, uma reputação, uma diretoria e uma satisfação pro Ministério da Fazenda. Olha, fiquei bravinho! Eu fico assim por causa de futebol, que ridículo! Ah eu vou durmir que eu ganho mais! E meu pai insiste em perguntar porque Vagner Mancini não colocou o Coutinho no 2° tempo. Seria muito melhor ter ido ver o filme do Pelé!

Por: Márcio F. Martinele

segunda-feira, 27 de abril de 2009

Virada Cultural 2009

A iniciativa é boa. Diríamos até mesmo, ótima. Mas esse ano a Virada Cultural Paulista deixou um pouco a desejar, em relação ao ano passado. Pelo menos para os bauruenses e pessoas de cidades menores da região que estavam ansiosas esperando a programação.
O governo do estado liberou uma verba menor que nos anos anteriores. Só na cidade de São Paulo foram cortados 30% do valor que seria destinado ao projeto de 2009.
Infelizmente não podemos contestar muito. A crise financeira chegou ao Brasil, como em qualquer outro lugar do mundo. Frente a isso os gastos com seguro desemprego, fundo de garantia e outros benefícios de funcionários que perderam seus empregos, somados aos tributos – que tudo bem, ainda são muitos, mas... – que o governo deixou de receber em função da queda da economia, contribuíram para essa situação.
Apesar do corte, a capital Paulista irá receber shows incríveis, que vão desde Maria Rita, Zeca Baleiro, e Tom Zé até CPM 22. Isso só na área musical. Ainda terão peças teatrais, cinema, dança, apresentações de artistas independentes e uma homenagem a Raul Seixas na Estação da Luz.
Mas fiquem atentos. Na cidade de São Paulo o evento tem início já nesse final de semana, dia 2 e termina dia 3. Já em Bauru começa dia 16 e termina no dia 17 de maio.
Então quem não for para Brotas com a dica da Fabi, aproveite o feriado e corra pra cidade da garoa. Mais informações sobre o evento em São Paulo: http://www.viradacultural.org/
De qualquer forma vamos comparecer, sendo na capital ou em outras cidades paulistas. Afinal não é todo dia que temos 24 horas ininterruptas de cultura, e o melhor,
DE GRAÇA!!
Depois, só o ano que vem.

Programação em Bauru:


Dia 16/05 - Sábado
18h - abertura oficial com Otto (música)
Local:Parque Vitória Régia


19h - O homem no escuro (teatro)
Local: Teatro Municipal


20h - Bohemian Queen (música)
Local: Parque Vitória Régia


21h - CorpOuvido - Virtual Companhia de Dança
Local: Teatro Municipal
21h - Mais Maria do que Zé (música)
Local:Parque Vitória Régia


22h30- Cabruêra (música)
Local: Parque Vitória Régia


23h - Pata de Elefante (música)
Local: Teatro Municipal

Dia 17/05 - Domingo
0h - Cordel do Fogo Encantado (música)
Local: Parque Vitória Régia


0h30 - Cérebro Eletrônico (música)
Local: Teatro Municipal


2h30 - DJ Tudo (música)
Local:Estação Ferroviária


3h30 - DJ Tatá Aeroplano (música)
Local:Estação Ferroviária
10h - Sanfonias (música)
Local: Parque Vitória Régia


11h - Tarde de Palhaçadas - Gira Cia.Teatral (teatro)
Local: Teatro Municipal


12h - Curta A Temporada - Circo Vox (circo)
Local:Parque Vitória Régia


13h30 - Banda Back (música)
Local:Parque Vitória Régia


14h - Jogado - Sopro Cia de Dança (dança)
Local: Teatro Municipal


15h -Ligiana (música)
Local:Parque Vitória Régia

16h - Aquilo Del Nisso (música)
Local: Teatro Municipal


17h - Sandra de Sá (música)
Local:Parque Vitória Régia


Programação do SESC
11h - Circo de Bonecos
16h - Sociedade Charlô (música)


Por: Vanessa Aguiar

Feriado natureba!!


Pra quem quer curtir um feriado sussa, com muito verde, ar puro e belas cachoeiras aqui vai uma super dica.

Junte uma galerinha legal (não leve aquele seu primo chato que te zuou porque o Corinthians ganhou ¬¬), pegue aquela sua barraca que há anos você não vê, chame o amigo que toca violão, leve marshmallows, coloque uns bons cd´s no carro e pé na estrada.

Brotas é uma cidade conhecida por suas belas cachoeiras e seu verde exuberante, com muitas atividades radicais lá você pode encontrar tranquilidade e aventura ao mesmo tempo. Rafting, cayoning, vôos de trike, arborismo, bóia-cross, mountain bike, acqua ride, tirolesa, cavalgadas, escalada indoor e duck são algumas das opções para a diversão ficar garantida.

Para quem deseja acampar, indico um camping que conheço e que é muito agradável; possui três cachoeiras e as pessoas são super amáveis. Chama-se Camping Bela Vista.
Site:
http://www.brotasonline.com.br/campingbelavista/, lá você pode chegar a qualquer hora da manhã ou da noite, pois será muito bem recebido.

Uma boa viagem e depois me contem o que acharam?


Postado por: Fabiele Fortaleza

quarta-feira, 22 de abril de 2009

Dia mundial da Terra


Todos sabemos que cuidados com o meio ambiente e consciência coletiva é algo que devemos praticar no dia a dia. Mas, desde 1970 há uma data em especial para analisarmos e refletirmos sobre o que está acontecendo com o nosso planeta. O dia 22 de abril ficou marcado como o dia da Terra. Foi o Senador norte-americano Gaylord Nelson que convocou o primeiro protesto nacional contra a poluição. Mas, foi em 1990 que vários países começaram a comemorar a data, o Brasil é um deles.
Quem sabe hoje não seja um dia daqueles em que você sentará em um banco qualquer, parará e pensará sobre suas atitudes, principalmente as atitudes que você está tendo com o planeta, lugar esse do qual devemos cuidar com o maior carinho e responsabilidade.
Preserve para ser preservado, a natureza merece respeito!
Postado por: Fabiele Fortaleza

quinta-feira, 16 de abril de 2009

Cerque-se do bom!

Há algumas semanas foi publicada uma matéria bem interessante sobre a FELICIDADE em alguns sites informativos. O Yahoo é o mais conhecido deles, caso haja interesse em lê-lo na íntegra, o título era “A felicidade é contagiosa”.
Bom, como todo mundo já ouvir falar que felicidade deve ser um estado de espírito, uma sensação e não um objetivo que nós buscamos futuramente, o que quero debater é: Você está buscando sua felicidade nos lugares certos?
Não só a felicidade, mas tudo o que você precisa ter para tornar-se um bom ser humano. Conhecimento, inteligência, bom-humor, paciência, informação, alegria, sabedoria, etc., etc., etc.
O estudo apontava que se uma pessoa convive com um amigo feliz, tem mais de 15% de chances de aumentar a sua felicidade. E isso também serve paras as outras sensações, os outros atributos. É isso que o estudo tenta mostrar, que as sensações, as emoções, são como vírus, como doenças. As pessoas “pegam a felicidade” umas das outras como pegam uma gripe!.
Portanto, agora pare e pense. Qual o seu círculo de convivência? Entre sua família, seu trabalho e seus amigos, qual deles te faz bem? Qual deles lhe acrescenta algo positivo?
De repente em uma mesa com amigos que possuam certo conhecimento sobre política ou economia mundial um assunto surja, de forma descontraída, mas ele aparece. E então, você que desconhecia tudo aquilo passa a entendê-lo melhor!
E quanto aquele seu tio, ou o primo palhaço da família que sempre o faz rir – mesmo que falando mal daquela tia chata -, você não acha que se passar mais tempo com ele, pode divertir-se mais?. Ou aquele amigo que esta sempre de bom humor, nunca reclama de nada. Assim que passar a ter mais contato com ele, passe a ter as mesmas atitudes que as dele. Rir, mesmo que á toa, não se preocupar com problemas pequenos, que às vezes nos levam até mesmo à terapia!
O ser humano é um ser influenciável e mutável. Á medida que ele entra em um novo estado de convivência, se adapta as atitudes daquele grupo para ser aceito. Darwinismo? Talvez. Mas aqui todos sobrevivem, apenas escolhemos se seremos melhores ou não. Mais felizes ou não.
Então, cerque-se do bom, conviva com pessoas que lhe façam muito bem, na maneira delas, claro. Absorva as competências positivas da sua rede social. É por isso que a comunicação é a primeira necessidade do ser humano, utilize da melhor maneira à você.


Por: Vanessa Aguiar

terça-feira, 14 de abril de 2009

Faça acontecer!

É claro que muitos estão esperando eu escrever algo do tipo: Como alcançar o orgasmo clitoriano, as melhores posições do Kama Sutra, encontre seu ponto G ou... Você se considera sexy? Mas, para a surpresa de alguns e decepções de outros, esse post ficará para uma próxima vez.
Hoje quero falar de algo muito sério que acontece com os profissionais de jornalismo no México e Colômbia, mas que muitos desconhecem ou até mesmo ignoram. Os dois países acima citados são os que oferecem mais perigos aos jornalistas latino-americanos. Em uma aula de sábado a professora Ângela nos deu uma revista chamada Mídia Com Democracia (até então desconhecida para mim, porém muito interessante ao folhear). A edição era de Janeiro de 2009 e trazia matérias incríveis, a que mais chamou minha atenção foi justamente essa sobre qual escrevo, cujo título é: “Imprensa Ameaçada”.
Dados apontados na matéria me surpreenderam, desde 2000, vinte e quatro jornalistas foram assassinados no país da tequila, oito estão desaparecidos e dezenas recebem ameaças com frequência. Os obstáculos encontrados são: o crime organizado, a corrupção, a impunidade, as agressões por parte de corporações policiais e a falta de empenho político estatal para resolver os ataques contra a imprensa mexicana.
Na Colômbia o ritmo não é tão diferente assim, nos últimos 20 anos, mais de 150 jornalistas foram mortos. Os profissionais colombianos enfrentam um problema maior ainda, a política de sua nação. Entre o governo central, guerrilhas, grupos paramilitares de extrema direita e os narcotraficantes, jornalistas denunciam, informam e opinam, muitas vezes pagando um preço bem alto para exercer a profissão, a própria vida.
Bom, o meu maior objetivo ao escrever esse post foi passar para os futuros jornalistas e outros profissionais também, para nunca desistirem de seus ideais, pois podemos sim fazer a diferença, basta trabalharmos com prazer, gostar e acreditar naquilo que fazemos. Não foram as mortes aos profissionais de comunicação que fez com que o jornalismo se extinguisse no México ou na Colômbia, pelo contrário, isso fez com que eles lutassem cada vez mais pelas suas idéias e convicções. Pare de pensar que temos que nos juntar aqueles que já têm respeito, que possuem sucesso e ser como eles, nada disso, talvez se alguém tentasse haveria mais modelos de jornalistas, advogados, médicos e muitos outros. Tente inovar, acredite em você, sua ideologia pode não estar sozinha.
Agora é com vocês, concordem, discordem, critique, o importante é comentar. Valeu galera!!
Por: Fabiele Fortaleza

quinta-feira, 9 de abril de 2009

Tempo

Algo complexo de se entender. Ele é simples. Dá-nos a razão de confirmar ou refutar desejos, expectativas, fatos e falas. Faz reafirmar, refletir, repensar, corrigir e ousar, sempre acreditando que tempos melhores virão. Não me iludo! E só o tempo pra fazer a gente perceber se não mesmo. As conversas não são as mesmas, o toque não é o mesmo. Na verdade, não somos os mesmos!

Sem essa de 4° dimensão. De abstração. De que o ser humano criou para repartir sua vida. Tudo permanecerá do jeito que tem sido, transcorrendo, transformando. Há um tempo que precisamos nos livrar das roupas usadas. Aquela que já tem a forma do nosso corpo. Esquecer os malditos caminhos que nos levam sempre aos mesmos lugares. Aprender a lidar com aquele tempo e espaço que fica navegando em todos os sentidos. Menos no que você realmente quer.

Ele é parado e sincero. A preça é seu aliado irmão. Opa! Deixe-me reformular essa frase porque na correria saiu tudo errado. A pressa é seu aliado irmão. Sem dúvida: de nada adianta querer apressar as coisas; tudo vem ao seu tempo certo, dentro do prazo que lhe foi previsto, mas a natureza humana não é muito paciente. Não somos pães de açúcar, e nem corcovados. Temos pressa em tudo, aí acontecem os atropelos do destino, aquela situação que você mesmo provoca por pura ansiedade de não aguardar. Mas alguém poderia dizer: Qual é esse tempo certo? Observem a natureza. O crescimento dos seres. As montanhas, fustigadas pela chuva e pelo eterno vento.

Atentos aos sinais. Quando alguma coisa está para acontecer ou chegar até sua vida, pequenas manifestações do cotidiano enviarão sinais indicando o caminho certo. Pode ser a palavra de um amigo, um texto lido, uma observação qualquer; Será mesmo que isso é verdade? Dizem que ele cura! Tem frases ocultas que falam dele! Água mole e pedra dura! Que com seu passar mudamos nosso jeito de sentir, analisar. Cura nada! O que cura é o Merthiolate® e o Band-Aid®. O tempo só fica ali... Passando... Que vagabundo! Fica martelando em algumas idiotices nossas. Tanto bate que não restará nem pensamento.

O segredo do tempo é consumi-lo sem percebê-lo. Fingir-se infinito para não o vermos passar. Contar e controlar em anos em vez de momentos. Como somos controladores. Inventamos relógio, despertador, cronômetro, calendário... Tudo para prendê-lo... Domestica-lo. Ah estão me apressando para escrever então vai, sem perder tempo. Oh tempo rei, transformai as velhas formas de viver, ensinai-me Pai o que eu ainda não sei... Mãe senhora do perpétuo socorrei!

Tudo se complica quando a impaciência surge. O pior é quando ele resolve se juntar a saudade. Faz as coisas pararem no tempo e como está no poema, fica tudo no pensamento. Nas pessoas que nunca mais vimos, nas lembranças esquecidas, nas fotos que desbotam e nas crianças que crescem. Mais uma vez não posso perder tempo explicando, portanto: Mesmo o fundamento singular do ser humano, de um momento para o outro, poderá não mais fundar, nem gregos nem baianos. Bom, ao menos ele é justo. Não distingue rico do pobre, branco do negro. Devoram todos sem escolha. Mães zelosas sofrem com isso. Preparam suas crias pra que daqui a 15 anos elas possam ver se realmente aquilo deu certo. Pais corujas o mesmo. Do que adianta ensinar aquele moleque a jogar bola se no fim percebemos que a dele é a prancha e o mar. Que injustiça! Só assim para que vejam como as águas de repente ficam sujas.

Podem ficar felizes! To pedindo um Tempo! Mas é aquele que se faz devagar nos maus momentos e depressa quando queremos. Matá-lo é sem sentido, perde-lo será em vão. Não se iludam com ele! Não me iludo com ele!
Se você ficar sabendo que devemos aproveitá-lo ao máximo, cuidado! Um dia é pouco, dois é suficiente, três dá pra sentir uma falta. E tudo em um piscar. Neste exato momento, tudo agora mesmo pode estar por um segundo. O tempo é dono, mas não é carrasco. Nós é que somos trouxas e corremos com medo dele.

Por: Márcio F. Martinele