O Brasil é o primeiro no ranking da FIFA. Não, não escrevi nenhum absurdo, o Brasil é o primeiro país no ranking com maior número de mortes em estádios de futebol e seus arredores. Nos últimos dez anos morreram 42 pessoas que estavam nesses locais, ou próximo a eles, mas a relação com o jogo que ocorria era inegável. A pesquisa foi realizada pelo sociólogo e professor da UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro) Mauricio Murad. Anteriormente o Brasil estava na terceira colocação, atrás da Itália e Argentina.
A pesquisa aponta que a maioria das mortes foi entre jovens de 14 a 25 anos, de classe baixa e média baixa, com apenas o ensino fundamental e desempregados. Mas um outro dado preocupante é que a maioria desses jovens não tinha um histórico de violência, ou seja, não se envolviam em brigas, segundo a pesquisa eram “inocentes”. De qualquer forma devemos levar em consideração que em brigas dentro e fora dos estádios, a polícia acaba prendendo um ou dois, portanto não sejamos nós os inocentes em pensar que pelo menos alguns desses torcedores não tinham relações com brigas encomendadas.
O que é mais impressionante é que essa pesquisa não foi muito divulgada pelos meios de comunicação, a ponto de chamar a atenção das autoridades, afinal a copa de 2014 está por vir, quatro anos passam muito rápido quando temos um problema de segurança pública para cuidar, e essa é a maior preocupação da FIFA, a segurança dos turistas e apreciadores do maior evento de futebol da terra.
Segundo a pesquisa os jogos em que ocorreram as mortes já haviam brigas encomendadas na internet, como no orkut, twitter e blogs, por exemplo. O que mostra que seria mais fácil para a polícia saber antecipadamente desses “acontecimentos”, evitá-los e punir os responsáveis. Mas não, esperam as duas torcidas adversárias se encontrarem para fazer uma escolta para os ônibus, ou usar seu spray de pimenta, balas de borracha e bombas de efeito moral. E depois perguntam porque famílias freqüentam pouco os estádios.
O grande problema é a falta de punição. Enquanto as conseqüências não existirem para esse tipo de violência, continuaremos liderando um ranking que ninguém gostaria.
A pesquisa aponta que a maioria das mortes foi entre jovens de 14 a 25 anos, de classe baixa e média baixa, com apenas o ensino fundamental e desempregados. Mas um outro dado preocupante é que a maioria desses jovens não tinha um histórico de violência, ou seja, não se envolviam em brigas, segundo a pesquisa eram “inocentes”. De qualquer forma devemos levar em consideração que em brigas dentro e fora dos estádios, a polícia acaba prendendo um ou dois, portanto não sejamos nós os inocentes em pensar que pelo menos alguns desses torcedores não tinham relações com brigas encomendadas.
O que é mais impressionante é que essa pesquisa não foi muito divulgada pelos meios de comunicação, a ponto de chamar a atenção das autoridades, afinal a copa de 2014 está por vir, quatro anos passam muito rápido quando temos um problema de segurança pública para cuidar, e essa é a maior preocupação da FIFA, a segurança dos turistas e apreciadores do maior evento de futebol da terra.
Segundo a pesquisa os jogos em que ocorreram as mortes já haviam brigas encomendadas na internet, como no orkut, twitter e blogs, por exemplo. O que mostra que seria mais fácil para a polícia saber antecipadamente desses “acontecimentos”, evitá-los e punir os responsáveis. Mas não, esperam as duas torcidas adversárias se encontrarem para fazer uma escolta para os ônibus, ou usar seu spray de pimenta, balas de borracha e bombas de efeito moral. E depois perguntam porque famílias freqüentam pouco os estádios.
O grande problema é a falta de punição. Enquanto as conseqüências não existirem para esse tipo de violência, continuaremos liderando um ranking que ninguém gostaria.
Por Vanessa Aguiar