domingo, 30 de agosto de 2009

Atrás dos Panos

É claro que muitos dizem que não tem nenhum tipo de discriminação, mas isso é apenas um pano que as pessoas colocam na frente de suas idéias e opiniões. Querem mostrar a sociedade que são maduras o suficiente para aceitar o diferente, que estão aptas a aceitar as pessoas como elas são, mas será mesmo?
Eu e meu grupo tínhamos que fazer uma reportagem para rádio, então pensamos em algo polêmico e que pudesse atribuir algo a vida das pessoas. Uma das garotas do grupo comentou sobre a propaganda que está sendo veiculada nos canais de TV, essa publicidade fala sobre a homofobia, tema mais que perfeito para nossa reportagem. Agora era correr atrás da notícia!
Precisávamos de fontes para o desenrolar do assunto, pensamos em entrevistar homossexuais, pessoas ligadas a divulgação da propaganda e algum grupo da cidade de Bauru que militasse nessa área. Pois bem, em pouco tempo conseguimos alguns depoimentos, para ser mais exata apenas dois, mas bastava. Eu conversei com Adriano de Oliveira psicólogo e colaborador do Acesso Popular, um instituto que cuida dos direitos humanos aqui na cidade de Bauru. Minha amiga Flávia conversou por telefone com o coordenador do comercial do qual surgiu nossa idéia.
Na conversa que tive com Adriano que durou pouco mais de 15 minutos, pude perceber a dura luta dos que optam pelo diferente. Nesse caso, os homossexuais. Ainda há muito que fazer para essas pessoas serem respeitadas, tanto aqui no Brasil como no resto do mundo. Como disse no início do texto, muitos se julgam sem nenhum tipo de preconceito, mas quando a realidade bate ao lado, chega bem próximo, aí a coisa muda.
Adriano disse que muitos homossexuais quando agredidos verbalmente ou fisicamente não denunciam por não ser levados á sério, muitas delegacias os tratam com descaso e não dão o devido respeito ao caso ocorrido. Com isso o desrespeito cresce absurdamente a cada dia e a falta de compreensão pela opção sexual de cada um continua sendo um problema sem muitas soluções.
Sei que ainda pode ser difícil para alguns aceitarem, principalmente se for da família ou pessoas próximas, mas não é isso que vai mudar o caráter da pessoa, deixá-la menos digna ou mais marginalizada. O respeito tem que ser dado a todos indiferente da crença, idade, cor ou opção sexual.
Lembre-se que não há o certo ou o errado, o que importa é a forma como seremos mais felizes, não se importando com o que há atrás daqueles panos!


OBS: Qualquer preconceito ou atitude grosseira o mais indicado é procurar a delegacia da mulher, pois eles estão mais aptos para cuidar da homofobia.

OBS 2: Em setembro a cidade de Bauru realizará a segunda Parada Gay, espero que todos a respeitem e mesmo que não curtam o evento não acabem com ele, pois para muitos isso é mais do que importante.

Postado por: Fabiele Fortaleza

sexta-feira, 28 de agosto de 2009

Uma imagem vale...


Respeito

Postado por Márcio F. Martinele

sábado, 22 de agosto de 2009

Eu quero saber...

Nossa! Esses dias eu estava ouvindo aquele tema famoso do Batman em meu mp3 enquanto ia almoçar do trabalho e pensei: Como será que é o paraíso? Será que temos que nos alimentar lá? É tudo de graça? A gente dorme? Cada um tem sua casa lá? Pode ficar acordado até mais tarde? Vai ter mulher? Cerveja? Vai poder chegar nelas? dar umazinha? Será que estaremos de roupa? Que roupas serão? Com aquela que estivermos vestidos quando morrermos? Com que idade estaremos? Com aquela que morrer? Coitado de quem morrer com 80 anos. Falando em velhos, vou ver meu vô Fábio? E o Missim? Meu gato de estimação na infância que deve ter virado miojo. E internet? É banda larga? E cerveja? Vamos ter que arrumar um emprego também? Estudar? E cerva? Onde será que vou encontrar revistas, cds, livros e todos essas coisas? Vamos envelhecer lá? Qual será a expectativa de vida? E a segurança? Será que não vai precisar porque só vai ter gente boa? Mas e os cachorros bravos, insetos venenosos, mulheres... E ver filmes? Cerveja? Cinema? Sair com a rapaziada? O QUE? NÃO?! AAAHHHHH !!! Não quero.

Postado por Márcio F. Martinele

terça-feira, 11 de agosto de 2009

Calibre!

Mas o Brasil vai melhorar, vi isso na minha bola de cristal. Só por curiosidade, por quais caminhos você vai e volta? Aonde você nunca vai? A violência está ao seu lado. Olhe! Ela é o uso excessivo da força, muito além do necessário ou do esperado. Só para saber, em que esquinas você nunca para?
Nos últimos vinte anos o número de brasileiros assassinados aumentou 237%. A cada 13 minutos um brasileiro é morto. A cada 7 horas uma pessoa é vítima em acidente com armas de fogo. Essas mesmas armas provocam um custo de 200 milhões de reais ao SUS. A cada 25 mortes, 24 são homens. Droga! 88% dos casos registrados envolvem arma de fogo. Então, a que horas você nunca sai? O crime rouba 10% do PIB nacional, isso dá mais de 100 bilhões por ano. Há quanto tempo você sente medo? Se você estuda em uma escola do estado olhe ao lado direito de sua carteira. A probabilidade de o seu colega Pedro ser preso é de 15%. Se ele utiliza ou já utilizou algum tipo de entorpecente os números sobem para 35%. Se sua classe social for classificada como pobre já são 57%. Se ele for analfabeto são 62%. Agora, se ele for tudo isso e também for negro... A propósito, quantos amigos você já perdeu?

Tem grana pra se cuidar? Bom. Mas abomino cães de guarda, blindagem de carros ou cercas eletrificadas. Criminalidade não é um problema individual. Entricherado, vivendo em segredo, não dá. Quero uma cura e não um anestésico. Polícia? Cuidado com ela. Imprestáveis. O ônibus 174 no RJ em 2000 do demonstrou o despreparo. Quem não ajuda muito atrapalha. Tem tanto pra falar. E ainda dizem que não é problema seu.

E a vida já não é mais vida. Muitas teorias explicam o crime. Mas nenhuma explica a raiz, ou seja, como nasce. Do ponto de vista biológico tivemos a já descartada frenologia. Há também aqueles que dizem que o crime é transmitido geneticamente comparando famílias de condenados. Segundo este está nos genes à explicação para o fato de que entre a população carcerária é comum encontrar pessoas com parentes envolvidos ao crime. E tem aquela que culpa até a má nutrição pelo comportamento criminoso. Mas Freud explica! Segundo ele o comportamento anti-social e a delinqüência são um desequilíbrio entre o ego, superego e id. Se o superego (faz a censura dos impulsos) é muito fraco, o indivíduo não consegue reprimir seu id (instintos e desejos naturais). Legal! Né? No caos ninguém é cidadão. Mais legal ainda foi a que surgiu com a popularização dos testes de QI. Em resumo a teoria diz: “Jovens menos inteligentes se envolvem mais facilmente porque tem pior desempenho escolar, menos capacidade de entender e de avaliar as conseqüências de seus atos além de ser mais influenciáveis por outros jovens delinqüentes”. Ótimo! Infelizmente não posso negar que é fato. Nossas promessas foram esquecidas.

Eu, um ninguém comparado a Freud, Hobbes ou Pinker, creio no consenso da maioria dos simples sociólogos: “O crime é a resposta do indivíduo ao meio em que vive”. Se você não está muito preocupado com os números e nem com essas teorias idiotas não irei me espantar. Hoje em dia nada mais me deixa em choque. Faz sentido, afinal temos a nossa casa, família, comida, estudo e achamos o máximo à cena em que o capitão Nascimento manda colocar tudo na conta corrente do Bento XVI. Lá, não há estado não há nação! E para os que apóiam a violência pela violência, perdidos em número de guerra, que dizem que devem “meter bala”, rezando por dias de paz, preocupado com a próxima balada, próximo fim de semana com os amigos (as), próximo porre, próxima transa, paciência e cuidado. Se não entendeu quero te dizer que:
“Se os meios para viver bem estão aí, então... vivamos bem”.
Hoje em dia uma vida se encerra com uma nota curta nos jornais. É dinâmico porque ninguém está livre. É assustador ja que até um papa já levou um tiro. Subestimamos o valor de uma vida até a hora que... Mas é aquela frase que ecoa em minha cabeça: Podemos fingir que não existe, mas está lá. Podemos fingir que não existe, mas está lá. Se for cristão, comece a orar. Se for ateu não saia de casa. Hoje, vivo sem saber até quando ainda estou vivo. Sem saber o calibre do perigo. Nem eu e nem você sabemos da onde vem o tiro. Mas o Brasil vai melhorar...
Postado por Márcio F. Martinele